Eu não vendi a minha alma. Eu dei de presente. E como Deus aceitou, hoje eu não tenho mais vontades, tenho apenas compromissos.
Há tempos não me apego mais ao dinheiro. Agora, tudo o que me interessa é a Energia que vem do invisível e as maneiras como posso entregá-la ao mundo terreno.
Por tudo isso, não preciso mais me desculpar, nem me vangloriar. Já entendi meu papel de mero entregador de realidades, como instrumento divino que me tornei.
O prazer em uma vida assim é indescritível. Sair da imoralidade imbecil para se tornar um servo da Cosmoética, é como respirar um ar que substitui qualquer tipo de alimento. Aprendemos a reparar nossos erros e passamos a só acertar.
As revoluções que transformam o mal em bem, ficam límpidas ao nosso coração, como um dia de sol e céu azul, sem uma nuvem sequer para atrapalhar a visão. Nesse estado de espírito e percepção, toda dor, injustiça e sofrimento são tão menores, que servem a nós, como a água gelada serve ao andarilho no meio do calor do deserto.
A gente se sente como um vulcão em constante erupção. A Energia simplesmente não acaba e o ódio nunca nos encontra. A escuridão desaparece e a luz toma conta do ambiente onde estamos.
Contudo, apesar de o caminho ser claro e evidente, em verdade, o percurso é o mais longo que o nosso tempo é capaz de conhecer. Mas quem por ele segue, tem uma escolta de anjos, que jamais perdeu um viajante, e por isso, a pessoa nunca mais se desvia. Se transforma em reta, e depois, em puro e genuíno amor, a partir do meio da caminho.
Palavras novas? Não. Apenas mais uma explicação para o que a maioria das religiões já vêm demonstrando desde o início dos tempos.
Verdades espirituais só mudam de roupa, mas em sua essência, são sempre iguais.
PAUL SAMPAIO
