
Frente ao desamor, use a compreensão, e a melhor reação construtiva que tiveres.
Frente à ignorância, use a humildade.
Frente à raiva, use a lembrança de sua própria morte.
Frente ao Vesúvio, apanhe um pouco de sua terra fértil e plante uma rosa.
Frente à dúvida, sente-se, concentre-se e recomece o trabalho de solução.
Só o enfrentamento traz a vida que procuras.
***
E só a fé,
de uma coragem sem medida,
é a que serve, para alguém como você.
Cresça e Apareça.
Paul Sampaio
Virtude
(latim: virtus; em grego: ἀρετή) é uma qualidade moral particular. Virtude é uma disposição estável em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples característica ou uma aptidão para uma determinada ação boa, trata-se de uma verdadeira inclinação.
Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente.
A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem.
Segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer o bem,e elas se aperfeiçoam com o hábito.
A virtude na doutrina católica
Segundo a doutrina da Igreja Católica, e especialmente Gregório de Nissa, a virtude é “uma disposição habitual e firme para fazer o bem“, sendo o fim de uma vida virtuosa tornar-se semelhante a Deus . Existem numerosas virtudes que se relacionam entre si tornando virtuosa a própria vida. No Catolicismo, existem 2 categorias de virtudes:
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as virtudes teologais, cuja origem, motivo e objeto imediato são o próprio Deus. Os cristãos acreditam que elas são infundidas no homem com a graça santificante, e que elas tornam os homens capazes de viver em relação com a Santíssima Trindade. Elas fundamentam e animam o agir moral do cristão, vivificando as virtudes humanas. Para os cristãos, elas são o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano . As virtudes teologais são três:
- Fé: através dela, os cristãos crêem em Deus, nas suas verdades reveladas e nos ensinamentos da Igreja, visto que Deus é a própria Verdade. Pela fé, “o homem entrega-se a Deus livremente. Por isso, o crente procura conhecer e fazer a vontade de Deus, porque «a fé opera pela caridade» (Gal 5,6)“.
- Esperança: por meio dela, os crentes, por ajuda da graça do Espírito Santo, esperam a vida eterna e o Reino de Deus, colocando a sua confiançaperseverante nas promessas de Cristo.
- Caridade (ou Amor): através dela, “como amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos por amor de Deus. Jesus faz dela o mandamento novo, a plenitude da lei“. Para os crentes, a caridade é «o vínculo da perfeição» (Col 3,14), logo a mais importante e o fundamento das virtudes . São Paulo disse que, de todas as virtudes, “o maior destas é o amor” (ou caridade) . O Amor é também visto como uma “dádiva de si mesmo” e “o oposto de usar” .
- as virtudes humanas que são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas. Elas regulam os atos humanos, ordenam as paixõeshumanas e guiam a conduta humana segundo a razão e a fé. Adquiridas e reforçadas por atos moralmente bons e repetidos, os cristãos acreditam que estas virtudes são purificadas e elevadas pela graça divina 6 . Entre as virtudes humanas são constantemente destacadas as virtudes cardeais, que são consideradas as principais por serem os apoios à volta dos quais giram as demais virtudes humanas:
- a prudência, que “dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir. Ela conduz a outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida“, sendo por isso considerada a virtude-mãe humana.
- a justiça, que é uma constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido;
- a fortaleza que assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem;
- a temperança que “modera a atracção dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados“, sendo por isso descrita como sendo a prudência aplicada aos prazeres .
Para contrariar e opôr-se aos sete pecados capitais, existe também um outro tipo de organização das virtudes, que é baseada nas chamadas sete virtudes: castidade, generosidade, temperança, diligência, paciência, caridade e humildade.