Nações existiram e desapareceram. Hoje sabemos delas, por uma meia dúzia de cientistas escavadores de terra. Que imploram por dinheiro … para cavar a terra. E trazer de lá História.

Difícil entender essas pessoas. Parecem não ter outra vida … passam todo o tempo procurando traços de civilizações e gente que, provavelmente, nem são seus ancestrais . E mesmo assim, ainda conseguem remontar quebra-cabeças naturais, e recriar realidades que nunca soubemos que já existiu … aqui, no Planeta Terra. E assim, nos ensinam um pouquinho, sobre nós mesmos.

Já soubemos de dinossauros, até de nações e nações, destruídas pela cobiça humana atrás de território, riqueza e poder. Desde que o mundo é mundo, a escravidão já existia por causa disso.

O mais forte, nasceu sempre sem piedade do mais fraco, e a seleção foi se fazendo … e mudando de casa. De um Império a outro, e para mais outro. E outras civilizações, culturas e idiomas, indo para seu museu natural – para baixo de escombros. Em baixo da Terra. Cidades inteiras, e milhões de seres humanos.

Muitas civilizações ainda iremos descobrir, contudo, ainda podemos mudar o destino daquelas que ainda existem. Com toda certeza podemos.

Civilizações milenares que ainda podem nos ensinar demais, em termos de espiritualidade, medicina e convívio com a mãe natureza. E que a cada dia, são mais oprimidas e maculadas em sua honra e qualidade de vida.

A interação começou como uma colonização impiedosa, mas pode se tornar algo civilizado ainda.

No caso do Brasil, podemos salvar sim, todas nossas tribos indígenas e proteger suas culturas, território e trajetória no Tempo.

Mais do que fazer as reparações históricas, precisamos cuidar de verdade dos poucos índios que ainda mantém estas culturas milenares. Afinal, qualquer brasileiro, hoje em dia, já deve ter um pouco do sangue de cada canto deste planeta, de cada raça, e claro, principalmente de índios, europeus e negros africanos. Somos sem sombra de dúvidas, o povo mais miscigenado da Terra.

Mas precisamos acima de tudo, conhecer estas pessoas melhor. Entender toda a mágica de suas vidas. Fazer intercâmbio de nossas crianças, visitando os lares um do outro. Criar convívio, e troca de conhecimento. Temos um universo de coisas incríveis para conversar e aprender um com o outro.

Se um dia, homens e mulheres, com a tecnologia das armas, do consumo desenfreado da carne e do acúmulo, chegaram às Américas como raposas matreiras, enganando e pilhando tribos e tribos, Américas à dentro … podemos hoje, fazer diferente, e iniciarmos desta maneira, uma nova Era para a Humanidade.

Um tempo de entrar pedindo licença. Levando um presente sincero, e um convite de coração, para virem também, às nossas casas, e nos conhecer melhor … e também provar de nossa comida e hospitalidade.

braisl - descobrimento ou invasão

Escrito por Paul Sampaio

PAUL SAMPAIO CHEDIAK ALVES é professor, locutor, apresentador de rádio e TV, web designer e o criador da REDE SAMPAIO de Sites.