
Trecho da entrevista em que fala sobre seus encontros com Freud, suas diferenças, e o trabalho de análise mútua que faziam. Perguntado sobre os sonhos de Freud, Jung se negou a comentar. O repórter ainda replicou – mas já faz tanto tempo que ele morreu !? E Jung finaliza: têm coisas que vão além da vida.
Foram 36 minutos de entrevista com ele.
Já trazia uma ideia que pensava no carro, a respeito dos sentimentos inatos, e de repente, eis que vem aquela experiência singular de ouvi-lo.
Suas colocações em relação à psique, que é capaz de existir fora deste espaço e tempo, demonstrada quando prevemos coisas ou intuímos informações impossíveis a nosso acesso.
Jung desconhece os meios , contudo havia ali também, a busca do entender o extra-sensorial.
Ele então, coloca assim: que a vida não acaba, visto que a mente não precisa do corpo para existir.
E eis mais uma vez, a morte enganada por nós, que sabemos que ela não existe.
Falou sobre seu conceito de inconsciente coletivo, sem sequer citá-lo. Simplesmente sensacional … não sabia que existia essa entrevista em vídeo. Depois de tudo o que lemos e ouvimos sobre ele, de repente chega às mãos, o próprio, Carl Jung falando, e refletindo conosco. Divino.
Fala sobre sua infância com os país, sobre os bisnetos e muitas outras curiosidades. E perguntado se acreditava em Deus quando criança, quando ainda ia à Igreja com seus pais, ele respondeu que sim. E com firmeza.
Perguntado se acreditava hoje, ele respondeu com um sorriso, depois de uma longa pausa e uma cachimbada – eu não acredito em nada, só por acreditar. Eu preciso saber as coisas. E hoje, eu sei, completou. No sentido de saber Deus, de conhecê-lo, de reconhecer sua existência apesar de ainda não conseguir explicá-lo. Disse apenas, eu sei, com profunda convicção.
…
Já somos capazes de sentir, e até perceber a comunicação de alguns pequenos sinais de Deus. Quem sabe um dia, consigamos também entendê-lo.
Alguns dizem: eu acredito ( acho ) que vai chover. Outros, dizem eu sei se vai ou se não vai chover.
Alguns simplesmente já estão bem mais preparados para viver os dois planos ao mesmo tempo.
…
Quanto aos sentimentos inatos, eu volto pra escrever outra hora. Nesse momento, havia alguém bem mais genial pra mentalizar. Que Deus o abençoe Carl.
Entrevista com Carl Jung legendada em Português.
O ego é dotado de um poder, de uma força criativa, conquista tardia da humanidade, a que chamamos vontade.
Carl Jung
* Carl Gustav Jung ( /ˈjʊŋ/; Kesswil, 26 de julho de 1875 — Küsnacht, 6 de junho de 1961) foi um psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica. Jung propôs e desenvolveu os conceitos da personalidade extrovertida e introvertida, arquétipos, e o inconsciente coletivo. Seu trabalho tem sido influente na psiquiatria e no estudo da religião, literatura e áreas afins.
O conceito central da psicologia analítica é a individuação – o processo psicológico de integração dos opostos, incluindo o consciente com o inconsciente, mantendo a sua autonomia relativa. Jung considerou a individuação como o processo central do desenvolvimento humano.
Ele criou alguns dos melhores conceitos psicológicos conhecidos, incluindo o arquétipo, o inconsciente coletivo, o complexo, e a sincronicidade. A classificação tipológica de Myers Briggs (MBTI), um instrumento popular psicométrico, foi desenvolvido a partir de suas teorias.
Via a psique humana como “de natureza religiosa”, e fez esta religiosidade o foco de suas explorações. Ele é um dos maiores colaboradores contemporâneos conhecidos para análise de sonhos e simbolização. Embora exercesse sua profissão como médico e se considerasse um cientista, muito do trabalho de sua vida foi passado a explorar áreas tangenciais, incluindo a filosofia oriental e ocidental,alquimia, astrologia e sociologia, bem como a literatura e as artes. Seu interesse pela filosofia e ocultismo levaram muitos a vê-lo como um místico.
