/ 1 :15 / Depois da entrevista, subi as imagens para o computador e fui dormir. Acordei à meia-noite para mudar a data do site, e a ficha ainda não caiu. Era importante demais para mim nesse momento, e acho que soube compartilhar isso com o Padre de uma maneira bem contida. Não acho que ele tenha percebido que eu tremia um pouco … mesmo depois de uns 100 anos de jornalismo, ocasiões maiores, são sempre ocasiões maiores. É como entrar no palco pela primeira e pela última vez.
Era mais que trabalho. Era absolutamente pessoal.
Hoje, foi apenas a quinta vez que estive com Padre Beto pessoalmente, e todas elas sempre muito significativas, logo, sabia que essa seria também …
Foram duas missas e três entrevistas com essa. E a impressão que eu continuo tendo, é que nós ainda nem começamos a conversar.
Pela primeira vez, um de nós citou alguém. E ele saiu na frente. Citou Nietzsche … claro que seria um alemão, como a bandeira no jaco verde, estilo John Lennon, que ele vestia hoje. Quem sabe ele tenha aparecido inclusive, para me ensinar a gostar dos germânicos. O Wilson e o Jorge Mautner falharam. Mas quem sabe ele consegui.
Não entendo o encontro de hoje como uma entrevista, apesar de termos mantido tal postura. Acho que nunca falei tanto em minha vida de perguntador. Conversei mais do que perguntei. Fui autêntico, verdadeiro, como ele também sempre se mostra.
Não somos tão interessantes, mas já sabemos aceitar o que somos, e dizemos em voz alta para quem quiser ouvir. Só nos reportamos a Deus … enfim, afinidade pra caramba ! Só que ele teve coragem de ser sacerdote, e eu não. Mas eu ainda me redimo … rsrss